Esses dias começou a ser veiculada na Globo uma campanha da AVON apresentando o seu novo batom matte, o UltraMatte, "que desliza deliciosamente nos lábios".
O fato dessa campanha ter um apelo televisivo na Globo, no intervalo das novelas, me fez estar cercada de mulheres loucas, piradas, que precisavam desesperadamente de um batom daqueles, era quase caso de vida ou morte.
Incluindo *eu*.
Sim, porque eu também tenho momentos de mulherzice, nem sempre eu estou com o joystick na mão, perdão, vida, não me julgue, haha.
As amigas revendedoras tem o costume (óbvio) de nos apresentar aquela maldita revista toda campanha (não, eu não odeio os produtos, pelo contrário, haha), e eu confesso que tanto eu quanto as outras amigas nem sempre damos confiança para as amigas revendedoras, mas dessa vez, em particular, só faltou ter morte para pegar o raio do catálogo na mão.
Sejamos racionais: por que uma imagem televisiva produz uma resposta tão imediata, tão intensa e de proporções tão diferentes da imagem estática da revista? É o seu cérebro querendo te convencer que você pode ficar deslumbrante como a modelo da tevê? Ou que você pode ser glamourosa e fina como aquelas moças? Ou simplesmente porque a produção televisiva tem padrões de qualidade elevados que encantam as consumidoras e essas adquirem o produto apenas porque acharam a propaganda muito bonita?
Todo um contexto cultural (de consumo!), associado a padrões históricos de cultivo da vaidade feminina, produtos de respostas cerebrais aos estímulos externos e o simples desejo de ter mais um batom moveram milhares de mulheres brasileiras a adquirirem o tal ultramatte.
O batom é bom, sim.
Por sinal, comprei uma cor idêntica a outro que eu já tinha, mas de outra marca.
Pois é. A mão realmente é mais rápida que o cérebro. E muito mais rápida que o bolso.
1 comentários:
Huahuahuahuahua desconhecia esse seu lado consumista de batons!
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