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Por que a felicidade alheia incomoda?

A gente precisa pensar mais sobre isso.

Por que é que temos o *péssimo* hábito de acharmos que nós é que sabemos o que é melhor para o outro? E não tô falando da relação de mãe e filho. Tô falando de todo e qualquer tipo de relacionamento próximo, nos quais acreditamos sempre termos a resposta e a melhor solução para a dificuldade do outro.

Quem nunca ouviu:

"Você ficaria melhor sem o(a) fulano(a)". "Você tem paciência demais, já deveria ter dado uma boa surra nesse menino". "Não adianta, é melhor desistir, ele(a) não vai mudar". "Mas você é tão bom(a), merece alguém muito melhor do seu lado". "Deixa pra lá, deixa a casa virar um chiqueiro pra ver se as coisas não vão melhorar". "Você não tem obrigação nenhuma de cuidar dele(a)". "O problema não é você, é ele(a)". 

Vixe, aposto que você não se identificou com alguma, se identificou com todas!

E quando a coisa extrapola os limites dos "bons conselhos" e parte para o campo da ação?

"Vou fazer de tudo para ele(a) se afastar de você". "Não se preocupa, deixa que eu converso com ele(a)". "Eu conheço uma tia que faz uns trabalhos, vou te levar lá". "Deixa que eu marco pra vocês uma terapeuta maravilhosa". 

Sério, o que passa na cabeça dessas pessoas que não podem simplesmente te deixar quietinho vivendo a sua vida, os seus problemas e a sua felicidade? Por que acham que *sabem* e que não só podem como *devem* fazer algo para "ajudar"? 

Ajudar? Ajudar quem?

Mas isso aí, gatíssimos, tem uma boa parcela de culpa sua. Sim, SUA!

Sabe aquele desabafo com o(a) melhor amigo(a)? Com aquele(a) primo(a)-irmão(ã)? Com a mãe ciumenta? Com a irmã possessiva? 

É, pois é.

Aí você só quer fazer aquele desabafo maroto pra aliviar a cabeça e o peito e a pessoa acha que tem LIBERDADE pra se meter na sua vida e te atrapalhar muito mais que te ajudar. 

"Mas como assim? Eu só quero o seu bem!"

E quem sabe o que é bom pra VOCÊ senão você mesmo?

Nós estamos nos acostumando cada vez mais a fugir do diálogo. Parece cafona, batido, mas ainda é a melhor solução: o diálogo franco, transparente, sem medo de dizer não, sem medo de dizer o que incomoda, mantendo a calma, sem gritos, sem ignorância. Nem todo mundo é evoluído como eu *aham* e recebe bem as críticas. Mas é sua OBRIGAÇÃO, gatíssimos, respeitar os outros. Se você quer falar o que tem vontade, esteja ciente que o outro tem o mesmíssimo direito que você.

Não adianta chegar para o seu conselheiro fiel, seu melhor ouvido e ombro amigo, e despejar todas as suas lamentações se o principal interessado não tiver conhecimento delas. Afinal, o assunto é a relação é entre você e o outro

Outra coisa, gatíssimos, não esqueçam que você não é um ser perfeito, que tem qualidades sim, muitas, mas também tem uma penca de defeitos. Aceite que dói menos e não cobre a perfeição do outro. Nenhuma relação com outro ser humano vai ser perfeita, mas ela pode ser repleta, SIM, de momentos felizes, principalmente se os problemas de vocês forem resolvidos entre vocês, porque a felicidade é algo que incomoda.

Incomoda os insatisfeitos, os invejosos, os egoístas, os ciumentos, os infelizes, os amargurados, os solitários, os inconformados, vixe, tem um rol de gente aí.

Não tô falando que sou contra dividir os problemas com os amigos, mas cuidado com quem você compartilha sua vida pessoal. Pouca gente hoje em dia fica feliz com a sua felicidade.

Se quer um relacionamento perfeito, adote um cão ou um gato. =^_^=

Somos seres divinos, porém imperfeitos, numa jornada progressiva buscando aperfeiçoamento moral e espiritual. Aproveite a oportunidade antes que ela acabe e seja feliz. E deixe os outros serem felizes também, porque somente eles sabem onde encontrar essa felicidade!

Deixa de ser chato(a)!
Cara de Grumpy Cat pra você!


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